15 julho, 2007

Apresento os meus peixinhos...


Quando comprámos o monte um dos elementos que me atraíu de imediato foi o tanque perto da casa. Estava, e está ainda, coberto por uma videira e serviu no passado para a lavagem da roupa. Durante algum tempo continuámos a enchê-lo periodicamente com água limpa e nada mais.

Até que um dia, passadas algumas das etapas mais complicadas com o restauro da casa, a organização do jardim, etc., a ideia surgiu com a maior naturalidade.

Um ponto com água, coberto de belos cachos de uvas durante todo o Verão, só podia ter peixinhos vermelhos. E eles aí estão! Para que possam proteger-se e sentir à vontade, plantámos NENÚFARES. E o efeito é este. Espero que gostem!

07 julho, 2007

Será que é Sumaúma?

Estas flores que parecem de cêra apareceram há cerca de dois meses numa árvore que hoje está coberta de frutos. Os frutos abrem e deitam um novelo branco e sedoso que só pode ser de sumaúma. Será? Agradece-se a quem souber destas coisas que me informe, porque a árvore é espectacular e merece um nome.

É claro que não se trata propriamente de uma planta de jardim e muito menos se adaptará ao clima luso, mas tem tanta personalidade e é tão linda que podemos sempre abrir uma excepção e plantá-la neste outro jardim, não acham? Visite-nos e volte sempre!

30 junho, 2007

No Médio Oriente...

Vive-se cada dia como se fosse o último.
Eu vivo temporariamente em Telavive. Ontem foi a festa da Noite Branca nesta cidade e as ruas encheram-se até às tantas, com pessoas, espectáculos nos jardins, música ao vivo nos restaurantes e nos bares, tudo envolto num calor de sufocar.
Esta é a cidade branca, classificada pela UNESCO por causa da arquitectura Bahaus na zona do Boulevard Rotschild.
De volta a casa, abre-se a CNN e uma das duas realidades não pode ser verdadeira. Uma explicação pode ser a de que as pessoas comuns, aquelas que vimos na rua há momentos, preferem esquecer que estão a viver uma das maiores tragédias dos tempos modernos. E só por isso celebram.

24 junho, 2007

Era aqui que gostava de estar agora...

Apesar do nome pouco credível (Indigo Bay Lodge) este local é em Moçambique, o meu berço adoptivo muito amado.
Mais precisamente no Bazaruto, as ilhas em frente a Inhambane do lado Este, em baixo a praia aberta a esse Índico muito azul que se vê ao longe...

Fizemos férias em Maputo, Matemo (Ilhas Quirimbas) e Bazaruto em 2002 e tenciono lá voltar logo que consiga amealhar os cerca de € 2.500 necessários, porque apesar do País ser pobre, estes locais não se visitam sem largar uma nota daquelas...!

Mas vale a pena, a sensação é a de estar no paraíso. Há a contradição com o modo de vida da população, é verdade. Levámos materiais para os putos, livros, canetas, cadernos, entregámos nas escolas, oferecemos tudo o que podíamos...

Um gesto para aliviar a consciência? Não! Um Muito Obrigado por nos deixarem usufruir de tanta beleza e genuinidade, sempre sorrindo e cobrando tão pouco em troca! Bayete!

11 março, 2007

Sem elas não é possível...

Aviso já, podia ser mas não é o que pensam...

Há dias li num jornal que na Califórnia uma grande quantidade de abelhas desaparece todos os anos sem deixar rasto.
Explico: a indústria americana de polinização, que assenta na regeneração, manutenção e venda dos "serviços" de colónias de abelhas, reduziu-se e decresceu em um quarto do seu valor durante os últimos vinte anos, devido ao "misterioso" desaparecimento de milhões dos produtivos insectos. Como consequência, o número de apicultores desceu também para metade. Pois é, a vida é dura na América!
Durante o longo inverno, as colónias de abelhas são tratadas com todos os cuidados, faz-se a limpeza e a desinfecção das colmeias, regenera-se o enxame através da selecção da abelha-rainha mais saudável e forte e finalmente transportam-se as colmeias para os locais onde há culturas agrícolas, sendo o serviço de polinização vendido aos agricultores e às grandes empresas agrícolas. Acabam num sítio, passam ao pomar seguinte e assim por diante até terminarem o trabalho, após o que regressam ao ponto de partida.

É um negócio que vale milhões e é bom para todos, desde as abelhas até ao consumidor que, desta forma, vê todos os anos serem repostos os níveis de legumes e fruta necessários à alimentação humana. Algures neste ciclo virtuoso estão os indispensáveis canais de distribuição, que levam os produtos da "horta" à mesa. E são muitos! Com custos fixos e quebras elevadas. Só uma quantidade astronómica da produção permite amortizar quer uns, quer outras.
E na ânsia de consumir/produzir mais, algures a cadeia natural apicultor-abelha-polinização-produto-venda-apicultor-abelha, sofre um colapso fatal!
Há muito que se fazem as maiores atrocidades na aceleração dos processos naturais, e a vantagem acrescida de mais produto a preços menores, dos quais teoricamente usufruimos todos, mesmo os menos favorecidos, está à vista que se paga e de que maneira.
Dada a situação, diz o citado artigo, têm sido feitas pesquisas no sentido de substituir as abelhas por exemplo, por polinização com "projectores gigantes de pólen" e também através de helicópteros que fazem rebentar "bombas de pólen" sobre as culturas. Ou ainda a crescente investigação sobre árvores "auto-compatíveis" que requerem menos abelhas para a polinização, ou a "invenção" de uma abelha azul (blue orchard bee) que não pica e tem maior resistência às temperaturas mais baixas. Tudo isto é possível na América, acreditem.
E é assim que em Fevereiro deste ano, diz o artigo, se reunem alguns apicultores na Flórida, preocupados com o facto de, ao abrir as colmeias como de costume, se terem dado conta que muitas abelhas já nem regressam a casa. Ninguém sabe onde estão, se morreram, se não conseguiram encontrar o caminho, ou o que lhes aconteceu...
Primeiro, para obter melhores resultados na regeneração das colmeias, utilizam-se químicos que afastam os ratos e pragas, mas também fazem reduzir o número das abelhas-mestras. Segundo parece a imunidade aos vírus reduziu-se e o tempo de vida das rainhas-mãe é hoje metade do que era há 20 anos, exigindo um esforço adicional às procriadoras que cada vez produzem menos obreiras.
Lá pelo meio o jornalista refere, sem grande alarde diga-se de passagem, especialistas que estudam um grupo de pesticidas utilizados nos Estados Unidos, mas banidos na UE, tentando confirmar se os mesmos serão os responsaveis pela incapacidade das abelhas encontrarem o caminho para casa.
É que, por muitos helicópteros ou bombardeamentos (vêm-me à memória as cenas do Apocalipse Now...) com o dito pólen - que entretanto devem ter acelaradamente cultivado para esse fim - nada é tão barato e eficiente como as abelhinhas do costume, aquelas que só pedem que a gente não interfira com elas.
Pergunto: e se as coisas continuarem neste pé, se as abelhas continuarem a não voltar a casa, o que é que vamos comer daqui as uns anos?

Em Tempo: veja este vídeo http://www.ted.com/talks/marla_spivak_why_bees_are_disappearing?utm_content=awesm-publisher&utm_medium=on.ted.com-static&awesm=on.ted.com_MarlaSpivak&utm_campaign=&utm_source=l.facebook.com

27 janeiro, 2007

Aguentem meus amigos!!!

Sei que a Europa está debaixo de frio intenso, Portugal incluído, pelo que me diz a família com quem tenho falado mais recentemente. Em Roma parece não estar melhor e eu tremo por uma certa pessoa que anda de "motorino" nas pedras polidas da Cidade Bela. Coisas próprias de quem ama...
Neste sábado de inverno na Europa, passeei pelo porto de mar de Telavive, onde uma verdadeira enchente de pais com filhos, skates, bicicletas e cães, descuidadamente gozava de um maravilhoso dia de primavera.

Começa a ser altura de cuidar do jardim pelo que resolvi meter mãos à obra, voltar ao meu arquivo de plantas aqui e guardar mais uma Ficha Técnica, desta vez uma das minhas espécies preferidas.
A Calendula é uma planta despretenciosa, das primeiras a florir no ano e algumas das flores são um verdadeiro espectáculo. Também há quem as chame margarida, embora eu continue a achar que as margaridas são os malmequeres brancos. Gosto mesmo desta planta, é alegre e bastante vistosa. Sendo assim, um bom domingo para todos, e se puderem plantem bem ...