Não é aceitável que nos jardins da Avenida da Liberdade em Lisboa e apesar do muito que estes mudaram para melhor, a Câmara continue a utilizar uma política de “natureza descartável” como tem feito desde que começou a cuidar de algumas zonas ajardinadas na cidade.
É verdade que os recortes são limpos com frequência, que a relva é regada e cortada a seu tempo e as plantas perenes cuidadas por uma empresa de jardinagem.
Mas na Câmara parece não existir um técnico competente que perceba do assunto, utilizando algum planeamento prévio e impondo critério na escolha das espécies não perenes. Desta forma, tão depressa são plantadas umas como arrancadas e substituídas por outras, sem verdadeiramente completarem o ciclo vegetativo. Porquê? Com o dinheiro de quem? Para que fins?
Vejam só o que se passou no último mês de Dezembro. Em muitos canteiros foram colocados pés de Poinsettias, a Planta do Natal alusiva à época (existe uma FICHA TÉCNICA desta planta). Mas para que tivessem impacto e cor, na altura em que as puseram já vinham com um tamanho razoável (e algumas em mau estado, também), ou seja, devem ter saído directamente do viveiro para os canteiros da Avenida, quais objectos para decorar - a quadra festiva aqui, o momento oportuno acolá! Objectos Planta mais uma vez (já falei disso antes aqui).
Conclusão, em três dias as quebras eram imensas (e os roubos também, diga-se de passagem) por manifesta falta de condições, quer climatéricas, quer de manutenção geral. As plantas estavam crescidas demais quando foram plantadas, não tiveram tempo nem condições para se aclimatar e os canteiros transformaram-se numa espécie de terra de ninguém, numa das avenidas mais importantes de todo o país.
Pergunto: porque não plantar mais cedo, ou em vez das Poinsettias, uma espécie cujas cores vermelha e verde são geneticamente manipuladas para abrilhantar esta festividade, por uma outra planta que seja mais duradoura e também decorativa? Sim, porque o Natal passa rápido e as Poinsettias deixam aparentemente de ter interesse em pouco tempo (6 semanas no máximo). Ou então, porque não plantá-las na terra mas dentro dos próprios vasos e recolhê-los posteriormente para a estufa, onde se podem desenvolver continuando o seu ciclo até voltarem a ser necessárias, eventualmente no ano seguinte, naquele ou noutro local?
Estas estão como se vêem na foto tirada hoje e é um dó de alma. A política da natureza descartável não deveria ser aplicada por ninguém, muito menos pela autarquia de Lisboa, ainda por cima com o nosso dinheiro, o dinheiro dos contribuintes.
25 janeiro, 2006
Hoje em Lisboa, na Avenida da Liberdade
20 janeiro, 2006
Jardineiros do mundo, uni-vos!
Não há dados em concreto, mas é visível o aumento de pontos de venda de plantas e flores em todo o País. Qualquer cidade que se preze possui hoje em dia pequenos negócios de venda ao público ou mesmo viveiros e estufas preparadas para a distribuição em maior escala, onde regra geral, também é possível adquirir plantas envasadas para uso doméstico. Sorte a nossa…!
Trata-se apenas de um sinal de que as pessoas vivem melhor e que por via disso se “podem dar ao luxo” de comprar as plantas que embelezam, por vezes fugazmente, a vida de cada um. Porém, não há bela sem senão! CLIK por favor. E vote no "meu candidato".
18 janeiro, 2006
Buganvília (Bougainvillea species)
Tendo finalmente obtido um modesto sucesso com a estrutura desta Azinheira, à qual falta ainda muito alimento e água - recursos essenciais para que vingue e se fortaleça - aproveito um momento de tréguas, aparto-me do html por uns momentos e preparo-me para fazer aquilo de que verdadeiramente gosto, que é cuidar das plantas, vê-las ganhar forma, autonomia e côr. Aqui está mais uma e esta é das minhas preferidas, lembra-me as minhas tropicais origens. Veja a respectiva FICHA TÉCNICA
17 janeiro, 2006
Preparando o Terreno...

A questão é que estou a ver se consigo publicar as FICHAS TÉCNICAS que já tenho com Imagens que entretanto fui fazendo.
Como não pretendo ocupar excessivo espaço visual, de modo a permitir que apenas quem possa estar interessado nos aspectos mais técnicos entre na secção correspondente, ando para aqui às voltas com os links e etc...Será que alguma vez conseguirei? Caramba que isto é difícil, volto a repetir ...!
13 janeiro, 2006
Alyssum (Lobularia maritima)

Gostam de locais difíceis como frestas de cimento e sítios com pouca água. Muito fáceis de cultivar. Veja na FICHA TÉCNICA respectiva.
10 janeiro, 2006
O dia a seguir
