18 junho, 2013

FLORIADE 2022


Depois do meu post anterior e nem por acaso, recebi ontem um telefonema da Câmara Municipal de Lisboa sobre este assunto. Nada de concreto para já, mas o suficiente para levantar o ânimo de quem por vezes é levado a pensar que neste país não vale a pena ter ideias, arquitetar projetos, porque não aparece ninguém para pegar neles, para ajudar, melhorar e criar condições que permitam pôr em prática projetos sonhados por um cidadão qualquer. Não conheço nenhum caso em que isso tenha acontecido, sem que pelo meio tenha que haver um amigo de um amigo, de um amigo conhecido, mas quem sabe se as coisas mudam e o LIFF (Lisbon International Flower Festival, ou, whatever...) possa mesmo ser uma realidade nos próximos ... 5 anos (!).

Este é o cartaz do que vai ser a Floriade de 2022 em Almere, cidade verde a criar de propósito na Bélgica daqui a 9 anos. Moral da história, para se tornar uma coisa a sério, é preciso mesmo começar cedo...

FLORIADE 2022 - Bélgica, Almere

23 maio, 2013

Chelsea Flower Show 2013

Foi bonita a festa, foi. Todo o esforço desinteressado é meritório, mas soube a pouco. Pelo menos a mim, que estive nos anos anteriores e não vejo a Festa da Flor do ISA a crescer e ganhar mais visitantes e expositores.
Sonho com o dia em que em Lisboa se possa celebrar uma festa destas num espaço público, envolvendo plantadores, urbanistas, visitantes, designers, e todos os amantes do mundo vegetal que, tal como eu, sabem que viver em harmonia com o todo que é a natureza só pode trazer felicidade.

As imagens que aqui deixo são todas do Chelsea Flower Show em Londres, que visitei em maio de 2005. E se fizessemos algo assim aqui? Acólitos precisam-se para em conjunto ajudar a pôr a ideia de pé. 


 Para mais imagens e informação sobre o conceito ver a edição deste ano em:

http://www.rhs.org.uk/Shows-Events/RHS-Chelsea-Flower-Show/2013

15 julho, 2007

Apresento os meus peixinhos...


Quando comprámos o monte um dos elementos que me atraíu de imediato foi o tanque perto da casa. Estava, e está ainda, coberto por uma videira e serviu no passado para a lavagem da roupa. Durante algum tempo continuámos a enchê-lo periodicamente com água limpa e nada mais.

Até que um dia, passadas algumas das etapas mais complicadas com o restauro da casa, a organização do jardim, etc., a ideia surgiu com a maior naturalidade.

Um ponto com água, coberto de belos cachos de uvas durante todo o Verão, só podia ter peixinhos vermelhos. E eles aí estão! Para que possam proteger-se e sentir à vontade, plantámos NENÚFARES. E o efeito é este. Espero que gostem!

07 julho, 2007

Será que é Sumaúma?

Estas flores que parecem de cêra apareceram há cerca de dois meses numa árvore que hoje está coberta de frutos. Os frutos abrem e deitam um novelo branco e sedoso que só pode ser de sumaúma. Será? Agradece-se a quem souber destas coisas que me informe, porque a árvore é espectacular e merece um nome.

É claro que não se trata propriamente de uma planta de jardim e muito menos se adaptará ao clima luso, mas tem tanta personalidade e é tão linda que podemos sempre abrir uma excepção e plantá-la neste outro jardim, não acham? Visite-nos e volte sempre!

30 junho, 2007

No Médio Oriente...

Vive-se cada dia como se fosse o último.
Eu vivo temporariamente em Telavive. Ontem foi a festa da Noite Branca nesta cidade e as ruas encheram-se até às tantas, com pessoas, espectáculos nos jardins, música ao vivo nos restaurantes e nos bares, tudo envolto num calor de sufocar.
Esta é a cidade branca, classificada pela UNESCO por causa da arquitectura Bahaus na zona do Boulevard Rotschild.
De volta a casa, abre-se a CNN e uma das duas realidades não pode ser verdadeira. Uma explicação pode ser a de que as pessoas comuns, aquelas que vimos na rua há momentos, preferem esquecer que estão a viver uma das maiores tragédias dos tempos modernos. E só por isso celebram.

24 junho, 2007

Era aqui que gostava de estar agora...

Apesar do nome pouco credível (Indigo Bay Lodge) este local é em Moçambique, o meu berço adoptivo muito amado.
Mais precisamente no Bazaruto, as ilhas em frente a Inhambane do lado Este, em baixo a praia aberta a esse Índico muito azul que se vê ao longe...

Fizemos férias em Maputo, Matemo (Ilhas Quirimbas) e Bazaruto em 2002 e tenciono lá voltar logo que consiga amealhar os cerca de € 2.500 necessários, porque apesar do País ser pobre, estes locais não se visitam sem largar uma nota daquelas...!

Mas vale a pena, a sensação é a de estar no paraíso. Há a contradição com o modo de vida da população, é verdade. Levámos materiais para os putos, livros, canetas, cadernos, entregámos nas escolas, oferecemos tudo o que podíamos...

Um gesto para aliviar a consciência? Não! Um Muito Obrigado por nos deixarem usufruir de tanta beleza e genuinidade, sempre sorrindo e cobrando tão pouco em troca! Bayete!

11 março, 2007

Sem elas não é possível...

Aviso já, podia ser mas não é o que pensam...

Há dias li num jornal que na Califórnia uma grande quantidade de abelhas desaparece todos os anos sem deixar rasto.
Explico: a indústria americana de polinização, que assenta na regeneração, manutenção e venda dos "serviços" de colónias de abelhas, reduziu-se e decresceu em um quarto do seu valor durante os últimos vinte anos, devido ao "misterioso" desaparecimento de milhões dos produtivos insectos. Como consequência, o número de apicultores desceu também para metade. Pois é, a vida é dura na América!
Durante o longo inverno, as colónias de abelhas são tratadas com todos os cuidados, faz-se a limpeza e a desinfecção das colmeias, regenera-se o enxame através da selecção da abelha-rainha mais saudável e forte e finalmente transportam-se as colmeias para os locais onde há culturas agrícolas, sendo o serviço de polinização vendido aos agricultores e às grandes empresas agrícolas. Acabam num sítio, passam ao pomar seguinte e assim por diante até terminarem o trabalho, após o que regressam ao ponto de partida.

É um negócio que vale milhões e é bom para todos, desde as abelhas até ao consumidor que, desta forma, vê todos os anos serem repostos os níveis de legumes e fruta necessários à alimentação humana. Algures neste ciclo virtuoso estão os indispensáveis canais de distribuição, que levam os produtos da "horta" à mesa. E são muitos! Com custos fixos e quebras elevadas. Só uma quantidade astronómica da produção permite amortizar quer uns, quer outras.
E na ânsia de consumir/produzir mais, algures a cadeia natural apicultor-abelha-polinização-produto-venda-apicultor-abelha, sofre um colapso fatal!
Há muito que se fazem as maiores atrocidades na aceleração dos processos naturais, e a vantagem acrescida de mais produto a preços menores, dos quais teoricamente usufruimos todos, mesmo os menos favorecidos, está à vista que se paga e de que maneira.
Dada a situação, diz o citado artigo, têm sido feitas pesquisas no sentido de substituir as abelhas por exemplo, por polinização com "projectores gigantes de pólen" e também através de helicópteros que fazem rebentar "bombas de pólen" sobre as culturas. Ou ainda a crescente investigação sobre árvores "auto-compatíveis" que requerem menos abelhas para a polinização, ou a "invenção" de uma abelha azul (blue orchard bee) que não pica e tem maior resistência às temperaturas mais baixas. Tudo isto é possível na América, acreditem.
E é assim que em Fevereiro deste ano, diz o artigo, se reunem alguns apicultores na Flórida, preocupados com o facto de, ao abrir as colmeias como de costume, se terem dado conta que muitas abelhas já nem regressam a casa. Ninguém sabe onde estão, se morreram, se não conseguiram encontrar o caminho, ou o que lhes aconteceu...
Primeiro, para obter melhores resultados na regeneração das colmeias, utilizam-se químicos que afastam os ratos e pragas, mas também fazem reduzir o número das abelhas-mestras. Segundo parece a imunidade aos vírus reduziu-se e o tempo de vida das rainhas-mãe é hoje metade do que era há 20 anos, exigindo um esforço adicional às procriadoras que cada vez produzem menos obreiras.
Lá pelo meio o jornalista refere, sem grande alarde diga-se de passagem, especialistas que estudam um grupo de pesticidas utilizados nos Estados Unidos, mas banidos na UE, tentando confirmar se os mesmos serão os responsaveis pela incapacidade das abelhas encontrarem o caminho para casa.
É que, por muitos helicópteros ou bombardeamentos (vêm-me à memória as cenas do Apocalipse Now...) com o dito pólen - que entretanto devem ter acelaradamente cultivado para esse fim - nada é tão barato e eficiente como as abelhinhas do costume, aquelas que só pedem que a gente não interfira com elas.
Pergunto: e se as coisas continuarem neste pé, se as abelhas continuarem a não voltar a casa, o que é que vamos comer daqui as uns anos?

Em Tempo: veja este vídeo http://www.ted.com/talks/marla_spivak_why_bees_are_disappearing?utm_content=awesm-publisher&utm_medium=on.ted.com-static&awesm=on.ted.com_MarlaSpivak&utm_campaign=&utm_source=l.facebook.com

27 janeiro, 2007

Aguentem meus amigos!!!

Sei que a Europa está debaixo de frio intenso, Portugal incluído, pelo que me diz a família com quem tenho falado mais recentemente. Em Roma parece não estar melhor e eu tremo por uma certa pessoa que anda de "motorino" nas pedras polidas da Cidade Bela. Coisas próprias de quem ama...
Neste sábado de inverno na Europa, passeei pelo porto de mar de Telavive, onde uma verdadeira enchente de pais com filhos, skates, bicicletas e cães, descuidadamente gozava de um maravilhoso dia de primavera.

Começa a ser altura de cuidar do jardim pelo que resolvi meter mãos à obra, voltar ao meu arquivo de plantas aqui e guardar mais uma Ficha Técnica, desta vez uma das minhas espécies preferidas.
A Calendula é uma planta despretenciosa, das primeiras a florir no ano e algumas das flores são um verdadeiro espectáculo. Também há quem as chame margarida, embora eu continue a achar que as margaridas são os malmequeres brancos. Gosto mesmo desta planta, é alegre e bastante vistosa. Sendo assim, um bom domingo para todos, e se puderem plantem bem ...

05 novembro, 2006

Tangos da Roménia?











Hoje comprámos estes dois quadrinhos para a parede do nosso escritório. Acontece que é também o quarto que será utilizado quando tivermos visitas vindas de além mar, filhos, manas, amigos.


Os convites estão feitos e aqui ficam as fotos dos originais assinados por um(a) tal Anat(ou Anit?)de que gostámos e que veio morar connosco.

Na sexta feira fomos convidados para um jantar simpático em casa de um produtor que faz programas de TV sobre gastronomia. Nem queiram saber o que foi comer e beber. Viémos de táxi, sóbrios mas com uma grande dor de cabeça. Só hoje recuperei e juro que para a próxima tenho mais cuidado. Estava tudo óptimo, mas o melhor foi a música quando entrámos (velhos tangos da Roménia) e uns fados que puseram entretanto em nossa honra. Chouette!

10 outubro, 2006

Debaixo desta Azinheira (ao meu amigo Leonel)

Durante o mês de Outubro retomam-se muitas das rotinas relacionadas com o novo ano agrícola. Quem vive no campo sabe que tudo se repete mais ou menos com a mesma cadência, muito embora - e é isso que me encanta - todas as vezes tudo seja diferente.
Estamos sempre a aprender com a natureza, sobretudo se conseguirmos ser bons observadores. Mas se não fizermos mais do que isso também não é possível inter relacionarmo-nos com ela da forma mágica que leva ao acto de criação. É esse o maior gozo do jardineiro!
Criar na natureza é um dos maiores prazeres que o ser humano pode ter. Apreciar o que existe e de forma sábia procurar melhorar e enriquecer, respeitando o equilíbrio, pode trazer ao indíviduo uma satisfação interior, uma felicidade tranquila inigualavel.
Para os que em Outubro quiserem começar um jardim, deixei umas notas breves sobre tipos de solo que é possível encontrar e como tornar um solo mais equilibrado.
Descanse À Sombra desta Azinheira visite o meu site das Bolotas Guardadas respire o ar puro e ponha mãos à obra.

08 outubro, 2006

Parece um espanador mas é uma flor...


O que é preciso é começar!
Ainda não será desta que meto mãos à obra, mas os meus muitos fans pedem-me que volte e eu não quero desapontá-los...
Volto pois ainda sem grande esperança de poder continuar com este trabalho com o gosto e fôlego que gostaria de ter neste momento. A verdade é que me sinto "des-inspirada". Esperemos que seja uma crise passageira.
Mas como passei por uma mudança grande na minha vida, com uma guerra pelo meio e muita coisa nova, espero que os fans me perdoem e voltem, voltem sempre!
E para quem tiver voltado, aqui vai uma flor de Tel Aviv.